A ANSOL, Associação Nacional para o Software Livre, propõe-se a colaborar com o Governo de Portugal na revisão curricular da Reforma do Ensino Secundário apresentada pelo Ministério da Educação em 2002, pois percebe a necessidade de cooperação que o Estado necessita para um bom cumprimento dos seus objectivos com a disciplina obrigatória de Tecnologias de Informação.
Acreditámos que, julgando pelos pontos 6.5 e 6.6, o objectivo da disciplina é desvirtualizado tornando-se numa mera disciplina de ``Introdução ao Microsoft Windows e ao Microsoft Office''.
Na Motivação serão apresentadas as questões do treino em determinadas ferramentas em detrimento do incentivo ao desenvolvimento científico; o atraso a que as nossas TI são remetidas para o seu ``devido'' lugar na tecnologia mundial; a universalidade do acesso às TI, em grande parte limitada artificialmente através de custos proibitivos, pode e deve ser incentivada; a garantia da persistência das ferramentas com que se lida é importante não só numa perspectiva da redução do custo de aprendizagem, mas também para no futuro estar assegurado o acesso à informação de ontem e de hoje; a independência dos fornecedores implica um potencial maior para o aumento da qualidade das ferramentas dado não se estar dependente da boa vontade ou da viabilidade financeira de terceiros para atingir um determinado objectivo.
Segue-se a Definição de Software Livre, onde são apresentadas as suas vantagens, na generalidade e, posteriormente, o caso particular do Ensino Secundário e como este beneficia em particular de uma maior utilização do Software Livre.